Foi com gosto e expectativa que me inscrevi para participar neste evento organizado pelo Moto Clube do Porto, pois vontade de dar umas voltas já não faltava, o Inverno muito chuvoso não ajuda nestas coisas das duas rodas.
A data marcada para dia 20 e 21 de Março nuca mais chegava, pois a entrada da Primavera deveria ser vivida em grande, e foi... com muita água à mistura mas muito calor Humano como foi dizendo "O Pai" (Ernesto Brochado Org. MCP).
Com algumas passagens pelas páginas de meteorologia encontradas pela Web, tudo indicava um fim-de-semana aberto de nuvens mas com alguma chuva sábado de manhã, nada que assustasse os participantes, pois umas gotas de água até ajudam a lavar as montadas.
Dia 19 (sexta-feira) – Encontro marcado para as 21h na Residencial Capitólio (
Macedo de Cavaleiros) para regularização das inscrições (€€€€) e levantamento do material (Road Book, Regulamento, Lembranças, Merchandising, etc.), como o caminho até Macedo estava dificultado pela chuva o Ernesto só conseguiu chegar perto das 23h, mas a espera impaciente foi acalmada com umas "minis".
Com o material na mão lá fui para casa estudar o trajecto do passeio.
Dia 20 (sábado) – 9 da matina, pequeno-almoço no Museu de Arte Sacra,
um rico manjar divino da região como não podia deixar de ser, não faltou nada, Presunto, Chouriço, Queijo, Pão, Folar, Doces tradicionais e Bolos variados, tudo isto regado com um bom vinho, pois o dia estava com cara de poucos amigos e para combater o frio nada melhor que algumas gramas de álcool, pois assim certamente que reinava a boa disposição.Partida da primeira equipa às 10h e 01m, a pontualidade do Ernesto fazia-se sentir neste momento.
Os participantes galopavam a cada minuto direitinhos ao monte de Morais (umbigo do mundo) para descobrir as origens do mundo em que hoje vivemos e caminhamos, pois esperava-nos umas aulas de geologia com as explicações do Geólogo, Ambientalista e Anfitrião Pedro Teiga.
Com o “São Pedro” a fazer das suas, as motas não levantavam poeira, pois estava tudo bem calmo com a chuva que se fez sentir da parte da manhã.
Paragem na aldeia de Chacim para uma visita ao Real Filatório, local escolhido em 1788 por D. Maria I com a finalidade de fabricar seda.
Saboreando a descida do Sabor pela N216 chegamos à ponte de Remondes, local que vai ficar submerso em 2013 quando a barragem do baixo Sabor estiver a trabalhar.
Com uma passagem pela foz do rio Azibo chegamos ao monte de Morais, e acabado de desfrutar de uma paisagem magnífica um pouco desfocada pela chuva, era hora de Limpar Portugal.
Mais à frente olhos bem abertos para descobrir o Pedro, não foi difícil de encontrar dada a quantidade de motas presentes (participaram cerca de 90 equipas).
As aulas ao ar livre até costumam ser interessantes mas não foi o caso desta, pois o Pedro explicou muito bem os fenómenos que ali se podem observar, ocorridos à cerca de 200 milhões de anos, mas a chuva teimava em falar mais alto e desviar a nossa atenção. Ele lá foi falando da “falha da vilariça”, “fenda de gnaisse” e das descontinuidades de Moho e de Conrad, pois estamos num local
privilegiado, estas descontinuidades só se podem observar em 5 locais conhecidos no mundo inteiro, temos de aproveitar bem a aula.
Para não criar monotonia no passeio andamos mais ums km’s e novamente Limpar Portugal, 20 minutos chegam para sensibilizar a população.
Mais uns km’s e chegamos à aldeia de Morais, uma volta pelo centro, visitar a capela de Santo António, observando o ninho da cegonha e partimos em direcção a Macedo, pois a barriga já dava horas e o almoço já estava à espera.
Como a chuva gostou de nós, não nos largou a manhã inteira e foi a acompanhar-nos até ao local de almoço (Nave de são Pedro). À nossa espera estava uma “panelada” de Rancho quentinho para matar aquela fome e aquecer bem a tripa que de tarde ainda havia muitos km para percorrer.
Por hoje já chega, amanhã continuo o relato do fim-de-semana.
As fotos já estão aí, algumas tiradas pelo pessoal do moto clube do porto, outras por mim.
